Anemia falciforme é problema cada vez mais grave, diz especialista

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

05/12/2011
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Doença hereditária que causa malformação das hemácias e provoca complicações em praticamente todos os órgãos do corpo, a anemia falciforme tem alta incidência no mundo, especialmente entre as populações afrodescendentes. No Brasil, a prevalência é de uma a cada mil pessoas, em média. Na Bahia, onde o contingente de negros é maior, a doença atinge um em cada 650 indivíduos nascidos vivos.
Congênita, a doença piora continuamente ao longo do tempo, reduzindo a expectativa de vida do paciente para uma média de 40 anos. O tratamento se torna cada vez mais difícil, uma vez que adultos apresentam lesões crônicas em todos os órgãos, com crises agudas de dor provocadas pela oclusão dos vasos sanguíneos, além de sequelas neurológicas e outras alterações degenerativas graves.
Há cerca de 30 anos, a professora Sara Olalla Saad, do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), se dedica a estudar a doença e aplicar o conhecimento no tratamento de pacientes.
Em 1992, grupos internacionais de pesquisadores publicaram pela primeira vez trabalhos que demonstravam os benefícios da hidroxiureia para diminuir o sofrimento dos pacientes. Desde então, o grupo da Unicamp passou a utilizar o medicamento, que, no entanto, só seria aprovado no Brasil 10 anos depois.
O pioneirismo, unindo pesquisa e clínica, levou o grupo a publicar muitos trabalhos com impacto internacional. Atualmente, os cientistas realizam um estudo de coorte com 114 pacientes de 14 a 55 anos, acompanhando-os continuamente a fim de compreender a doença e testar novas terapias.
Saad, que coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Sangue, participou, na sexta-feira (02/12), na sede da FAPESP, do Simpósio Regional sobre Medicina Translacional, realizado em celebração aos 60 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 Para ler a antrevista com a professora Saad Click no link.
http://agencia.fapesp.br/14869

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