Pesquisa acrescenta novas peças ao ‘quebra-cabeça’ da evolução das espécies

segunda-feira, 15 de abril de 2013

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Por Noêmia Lopes

 

Agência FAPESP – O maior episódio de extinção em massa da história da Terra ocorreu na passagem do Permiano (o período situado entre 290 e 245 milhões de anos atrás) para o Triássico (entre 245 e 200 milhões de anos). A hipótese mais aceita é a de que eventos vulcânicos ocorridos na Sibéria tenham alterado a composição química da atmosfera, resultando em mudanças climáticas, alterações na circulação das correntes marinhas e, por fim, a extinção em massa.
Em busca de pistas para entender melhor esse momento-chave da história geológica, Max Cardoso Langer, professor do Departamento de Biologia da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, foi a campo nos estados que guardam os principais depósitos do período Permo-Triássico brasileiro – Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul.
Fósseis de vertebrados, invertebrados e até mesmo vegetais desse período foram encontrados ao longo dos dois anos da pesquisa apoiada pela FAPESP entre 2010 e 2012.
Em rochas do período Permiano da Bacia do Parnaíba, no Maranhão, foi localizada uma flora até então desconhecida. “Ela guarda uma semelhança muito grande com as floras permianas da Europa, dos Estados Unidos e do Sudeste Asiático. É um detalhe técnico, mas muito interessante, pois mostra que o norte do Brasil, naquela época, tinha uma biota mais parecida com regiões ao norte do planeta do que com o restante da América do Sul”, disse Langer.
Outra descoberta feita na Bacia do Parnaíba extrapolou o período de abrangência da pesquisa: acima das rochas do Permiano, sedimentos de idade jurássica (de 200 a 145 milhões de anos) escondiam um crânio de um crocodiliforme (parente fóssil dos jacarés atuais). Em terras brasileiras, todos os tetrápodes (animais com quatro patas) do Jurássico eram conhecidos somente a partir de pegadas, tornando esse achado o primeiro com base em esqueleto, segundo Langer.
A terceira entre as coletas mais significativas do Maranhão foi a de vestígios de peixes do grupo dos semionotiformes do período Permiano, animais que tinham por volta de 25 centímetros de comprimento e tegumento áspero por conta de escamas bastante robustas. Eles eram conhecidos somente do Triássico em diante.
“Acreditava-se que tais peixes tinham surgido após a grande extinção. Com o achado, vimos que, na verdade, eles pertencem a uma linhagem que, por algum motivo, resistiu ao evento de crise e irradiou-se depois dela”, disse Langer. O material está na USP de Ribeirão Preto, em análise por uma professora parceira, Martha Richter, do Natural History Museum de Londres.
Descendo o território nacional, Langer e sua equipe foram para a Serra do Cadeado, no norte do Paraná, onde também existem rochas do período Permiano. Lá, encontraram peixes e anfíbios fósseis, agora em vias de serem descritos.
“Achamos ainda vestígios de trilobitas, que são artrópodes – animais com apêndices articulados e exoesqueleto – de ambiente sempre marinho. Não se imaginava que houvesse influência do mar naquela região no período em que viveram esses animais. Mas esta é uma evidência de que tal conexão existiu”, disse o pesquisador.

Na origem dos dinossauros
As investigações em rochas triássicas na depressão central do Rio Grande do Sul ajudaram a descrever três espécies de dinossauros: uma delas, o Pampadromeu (Pampadromaeus barberenai), pela primeira vez; e as outras duas, o Guaibassauro (Guaibasaurus candelariensis) e o Sacissauro (Sacisaurus agudoensis), ganharam descrições mais completas e detalhadas do que as existentes.
“Um dos aspectos que tornam essas descobertas tão interessantes é que as rochas do Triássico do Rio Grande do Sul – assim como as do noroeste argentino – reúnem os dinossauros fósseis mais antigos de que se tem notícia em todo o mundo. Ou seja, estudá-los é olhar para a origem desses animais, para seus primeiros momentos sobre a Terra”, disse Langer.
A irradiação biótica no período do surgimento dos dinossauros, após a extinção entre o Permiano e o Triássico, moldou os padrões de biodiversidade atual. Foi o momento em que também apareceram sapos, tartarugas, mamíferos e as linhagens das aves, crocodilos e lagartos. “Novas descobertas sobre os dinossauros sempre ajudam, portanto, a explicar melhor como se estruturou a fauna que conhecemos hoje em dia”, afirmou Langer.
As buscas em solo gaúcho renderam ainda descrições de novos exemplares de tetrápodes do Triássico, como um rincossauro (Teyumbaita sulcognathus) e um rauisúquio (Decuriasuchus quartacolonia). O primeiro foi um quadrúpede baixo, alongado, que passava dos dois metros de comprimento na idade adulta e contava com uma estrutura dentária própria para mastigar vegetais, provavelmente sementes.
Já os rauisúquios eram os predadores de topo da época, comparáveis, em termos de papel na cadeia alimentar, com os leões e os tigres atuais. “Alguns passavam de cinco metros de comprimento. Pertenciam à linhagem dos crocodilos e conviveram com os dinossauros – que no início não eram tão grandes e provavelmente serviram de presas para os rauisúquios”, explicou Langer.
Hiato de Olson
(...)
Os conhecimentos obtidos a partir de então podem contribuir, de modo especial, com o preenchimento do chamado Hiato de Olson, o período que se estende de 270 a 265 milhões de anos atrás (dentro do Permiano), em que registros fósseis são mais escassos.
(...)

Esta é uma parte da matéria se vcs quiserem terminar essa leitura acessem,  http://agencia.fapesp.br/17103 e boas descobertas... bjs Ju

Sistema para aprimorar diagnóstico de transtornos mentais

quarta-feira, 3 de abril de 2013

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Por Elton Alisson


Agência FAPESP – Pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Saúde Mental (NIHM) dos Estados Unidos estão desenvolvendo um novo sistema de diagnóstico de transtornos mentais, como a depressão, a esquizofrenia e o transtorno bipolar.
A mais recente versão do sistema foi apresentada por Bruce Cuthbert, diretor da Divisão de Desenvolvimento de Pesquisa Translacional e Tratamento de Adultos da instituição, durante a São Paulo School of Advanced Science for Prevention of Mental Disorders (Y Mind).
Foram selecionados 102 estudantes de pós-graduação para participar da Escola, dentre os 270 inscritos, dos quais 25 eram provenientes do Estado de São Paulo, 27 de outros estados do Brasil e 50 do exterior, advindos de 25 países.
O diagnóstico dos transtornos mentais é realizado atualmente com base na observação clínica de um conjunto de sinais e sintomas apresentados pelos pacientes em um determinado período.
Segundo Cuthbert, apesar de útil e estar disseminado amplamente pelos serviços médico, legal e social, o sistema está defasado por ter sido desenvolvido em uma época em que o conhecimento em genética, neurociências e ciências do comportamento humano era limitado.

Foco nos jovens
Na avaliação de Jair de Jesus Mari, professor do Departamento de Psiquiatria da Unifesp e um dos coordenadores da Y Mind, o novo sistema de diagnóstico de transtornos mentais em desenvolvimento pelo NIHM deverá contribuir para o dignóstico precoce das doenças mentais que surgem especialmente na adolescência, quando o cerébro humano está se reorganizando.
Por conta disso, de acordo com Jesus Mari, as ações de prevenção ao transtorno mental no Brasil – a exemplo do que vem sendo feito em outros países – devem ser focadas nos jovens.
Os pesquisadores brasileiros pretendem replicar no Brasil uma experiência realizada em países como a Austrália, que implementou centros de prevenção a transtornos mentais em jovens – denominados Headspace Centres –, de modo a diagnosticar adolescentes que apresentam ou estão expostos a fatores de risco que potencializam o desenvolvimento de adicções, estados depressivos e transtornos mentais graves, como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar. Outro projeto que pode ser implantado no Brasil, segundo Jesus Mari, é o desenvolvimento de um currículo sobre o que é saúde mental para jovens, como ocorre no Canadá.
O plano dos pesquisadores é a criação de um centro de convivência que ofereça atividades socioeducativas, como oficinas de leitura, teatro, música e esportes, e concentre diversas ações de prevenção em saúde mental. “A ideia é que nesse espaço realizemos uma ação articulada com a escola, com agentes de saúde e com as famílias desses jovens”, disse Jesus Mari.
Algumas das ações possíveis são a disseminação de comportamentos sexuais saudáveis, o estímulo a atividades físicas e esportivas e socioculturais e a conscientização sobre os riscos do consumo de álcool, drogas e o tabagismo na adolescência.
Por meio da articulação com outros setores, como o de educação e o judiciário, os especialistas pretendem identificar mais precocemente jovens com maior probabilidade de desenvolver transtornos mentais e que tenham dificuldade de adaptação social.
Entre eles, estão estudantes que praticam bullying nas escolas, que são candidatos a apresentar comportamento agressivo e ter problemas com a justiça, além de jovens alvos de violência física ou psicológica no ambiente escolar ou que começaram a usar drogas pesadas.
“Precisamos ter um sistema de saúde mais aberto que permita a esses jovens se comunicar com os profissionais de saúde e estabelecer um diálogo franco. Isso pode contribuir para a identificação precoce e possível redução da morbidade associada aos transtornos mentais que se iniciam na infância e adolescência”, disse Jesus Mari.

Fiz alguns recortes da materia pra ver a integral visite o site da Fafesp
 http://agencia.fapesp.br/17061

Bóson de Higgs pode ter sido encontrado

quinta-feira, 5 de julho de 2012

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05/07/2012                                             

Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Um dos maiores desafios da ciência pode estar chegando ao fim. Cientistas que participam dos experimentos no Grande Colisor de Hádrons (LHC) anunciaram nesta quarta-feira (04/07) ter encontrado fortes indicações da existência de uma nova partícula subatômica, que pode ser o bóson de Higgs.
Procurado há quase meio século pelos físicos, o bóson de Higgs é uma chave fundamental para entender por que partículas elementares têm massa e poderá levar até mesmo a uma nova compreensão da origem do Universo e da vida. O bóson é até o momento uma partícula hipotética postulada em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs.
A descoberta do bóson seria a completa validação do Modelo Padrão da física de partículas, teoria que descreve as forças fundamentais forte, fraca e eletromagnética, bem como as partículas fundamentais que constituem toda a matéria.
O anúncio foi feito por cientistas que participam das colaborações Atlas (A Toroidal LHC Apparatus) e CMS (Compact Muon Solenoid), conduzidas no LHC da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), na Suíça. Os dois experimentos contam com a participação de pesquisadores do Brasil.

Para ler a matéria inteira.....
http://agencia.fapesp.br/15837

Cientistas do Cern anunciam ter encontrado pistas para a localização do bóson de Higgs

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

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14/12/2011
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Cientistas da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram nesta terça-feira (13/12) durante um seminário em Genebra, na Suíça, terem encontrado pistas para a localização do “esconderijo” do bóson de Higgs. A hipotética partícula elementar, apelidada de "partícula de Deus", seria a primeira contendo massa a existir depois do Big Bang e a chave para explicar a origem da massa de outras partículas elementares.
Usando amostras de dados de colisões de prótons coletados até o final de 2011 por meio do Grande Colisor de Hádrons e dos dois principais projetores do Cern, denominados Atlas e CMS, os pesquisadores conseguiram excluir a hipótese da existência do bóson de Higgs em uma ampla gama de possíveis valores para as massas da partícula. Com isso, “as buscas” pelo bóson de Higgs poderão passar a ser concentradas agora em uma região de massa muito menor.
“Os resultados são muito animadores. Agora há uma pequena região onde é possível o bóson de Higgs estar localizado. Porém, é preciso ter cautela, porque os resultados ainda não são conclusivos”, disse Sérgio Novaes, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), à Agência FAPESP.
Novaes é membro de um dos dois grupos de cientistas que procuram pelo bóson de Higgs no Cern, o Compact Muon Solenoid (CMS), e coordenador do projeto temático Sprace, realizado com apoio da FAPESP.
Por meio do projeto Sprace, os pesquisadores brasileiros operam uma rede de processamento de dados e participam da análise de dados produzidos pelo CMS.

Usando a amostra de dados de colisões de prótons coletadas até agora no Cern, os pesquisadores do grupo CMS anunciaram hoje que, se o bóson de Higgs existir, há 95% de chances de ele não ser encontrado no intervalo de massa entre 127 e 600 GeV (gigaelétron-volt, termo utilizado na física para quantificar os campos de energia das partículas), e que os maiores indícios da localização da partícula estão na faixa de massa entre 115 e 127 GeV.
Resultados similares aos do CMS foram obtidos pelo grupo Atlas. Trabalhando de forma totalmente independente do CMS, sem nenhuma forma de interação entre os grupos, os cientistas do Atlas excluíram a possibilidade de encontrar o bóson de Higgs entre partículas com massa entre 141 e 476 GeV e indicaram que a partícula pode ter massa entre 116 e 130 GeV.
“É absolutamente surpreendente que dois experimentos realizados de forma independente, sem um grupo ter acesso aos dados do outro, chegarem a resultados tão similares”, avaliou Novaes.
Agora, os dois grupos de pesquisa deverão publicar seus resultados e, posteriormente, se reunirem para combinarem seus dados.
Segundo as estimativas dos pesquisadores do Cern, só será possível estabelecer claramente a existência ou não do bóson de Higgs na região de massa delimitada pelos grupos CMS e Atlas no final de 2012, quando um maior número de amostras de dados de colisões de prótons será coletado.
De acordo com eles, para se chegar a uma conclusão sólida, é preciso dispor de, pelo menos, o dobro de dados de que possuem até o momento.
“A questão agora é segurar só mais um pouco a ansiedade, que vem se acumulando durante os últimos 45 anos, para provar ou não a existência do bóson Higgs. Eu acho que a resposta final está próxima”, disse Novaes.
A partícula foi postulada em 1964 pelo britânico Peter Higgs, que propôs juntamente com outros diversos físicos um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa.
Posteriormente, em 1967, o mecanismo teórico foi incorporado pelo físico norte-americano Steven Weinberg em uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo, denominada Modelo-Padrão. Segundo essa tese, o universo foi resfriado após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, formou-se junto de partículas associadas, os bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais.
Desde o lançamento da teoria, os cientistas vêm buscando descobrir a partícula, cujos sinais da presença dela são extraídos de uma grande quantidade de dados similares e a partir da produção de um grande número de eventos para se certificar da descoberta.
“É como tentar encontrar, literalmente, uma agulha no palheiro. É extremamente complexo extrair o sinal da existência da partícula de bóson Higgs”, disse Novaes.
De acordo com ele, a busca pela partícula só está sendo possível ser realizada graças ao desenvolvimento de novas tecnologias por cientistas e engenheiros de diversas instituições de pesquisa em todo mundo, que estão se propagando para outras áreas do conhecimento, como a medicina e a computação.

Anemia falciforme é problema cada vez mais grave, diz especialista

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

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05/12/2011
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Doença hereditária que causa malformação das hemácias e provoca complicações em praticamente todos os órgãos do corpo, a anemia falciforme tem alta incidência no mundo, especialmente entre as populações afrodescendentes. No Brasil, a prevalência é de uma a cada mil pessoas, em média. Na Bahia, onde o contingente de negros é maior, a doença atinge um em cada 650 indivíduos nascidos vivos.
Congênita, a doença piora continuamente ao longo do tempo, reduzindo a expectativa de vida do paciente para uma média de 40 anos. O tratamento se torna cada vez mais difícil, uma vez que adultos apresentam lesões crônicas em todos os órgãos, com crises agudas de dor provocadas pela oclusão dos vasos sanguíneos, além de sequelas neurológicas e outras alterações degenerativas graves.
Há cerca de 30 anos, a professora Sara Olalla Saad, do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), se dedica a estudar a doença e aplicar o conhecimento no tratamento de pacientes.
Em 1992, grupos internacionais de pesquisadores publicaram pela primeira vez trabalhos que demonstravam os benefícios da hidroxiureia para diminuir o sofrimento dos pacientes. Desde então, o grupo da Unicamp passou a utilizar o medicamento, que, no entanto, só seria aprovado no Brasil 10 anos depois.
O pioneirismo, unindo pesquisa e clínica, levou o grupo a publicar muitos trabalhos com impacto internacional. Atualmente, os cientistas realizam um estudo de coorte com 114 pacientes de 14 a 55 anos, acompanhando-os continuamente a fim de compreender a doença e testar novas terapias.
Saad, que coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Sangue, participou, na sexta-feira (02/12), na sede da FAPESP, do Simpósio Regional sobre Medicina Translacional, realizado em celebração aos 60 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 Para ler a antrevista com a professora Saad Click no link.
http://agencia.fapesp.br/14869

Minha mais nova hospede

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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Esses dias enquanto estava de bobeira em casa percebi a presença de uma visitante um tanto quanto assustadora, uma aranha, mas como não tenho o costume de me apavorar e sair matando deixei minha hospede no canto dela e fui pesquisar. Entrei em contato com o Butantã e fui informada por eles que minha amiga é uma Nephilengys cruentata ou aranha gigante ou de teia e que seu venneno não era perigoso para humanos. Decidi por mais pesquisa e olha o que descobri....

                                                                 Olha a minha amiga ai
Aranhas Nephilengys cruentata são animais muito bem estudados e conhecidos, de fato, muito já se sabe sobre os Nephilidae. Estes animais são territorialistas, e conflitos entre fêmeas são vistos frequentemente. Aranhas Nephilengys foram introduzidas n Brasil, são espécies exóticas que foram trazidas da África a muitos anos atrás. No Brasil também há Nephilas endêmicas. É comum ver aranhas desta espécie utilizando teias preparadas por rivais após sua morte, possivelmente uma estratégia evolutiva que visa a economia energética. Essas aranhas constroem refúgios possivelmente como estratégia de defesa contra vespas como Pompilidae e Sphecidae que atacam aranhas de teia orbicular. Essas aranhas constroem suas teias geralmente próximas a lâmpadas. Estudos mostraram que conflitos por essas regiões são constantes. Uma vez que a luz artificial é acesa os insetos tendem a voar até elas, com a teia próxima a essas lâmpadas as aranhas tem insetos constantemente. De fato, aranhas que vivem próximas a essas luminárias capturam 20% a mais de presas do que em áreas longe de lâmpadas.
O dimorfismo sexual nesta espécie é extremo. Durante muito tempo especulou-se como tal dimorfismo pode ser mantido dentro dessa espécie, como ele surgiu e se seria um caso de nanismo de machos ou gigantismo de fêmeas.
Estudos filogenéticos mostram que o dimorfismo sexual de Nephilideos é devido ao gigantismo de fêmeas, lembrando a tradição renascentista italiana de que as mulheres mais belas eram as obesas.
Durante a construção de teias, as aranhas utilizam um fio espiral não adesivo para seguir de referencia quando for colocar o fio adesivo. Normalmente, ocorre uma substituição desse fio não adesivo pelo adesivo durante a construção da teia. No ancestral dos Nephilideos ocorreu uma sinapomorfia comportamental (caracteres que, surgiram ao longo da evoluçao e mantém-se em diversos grupos taxonômicos distintos) onde o animal coloca o fio adesivo sobre o fio não adesivo. Aparentemente pode não ser muito clara a vantagem de tal evento, mas a sobreposição de fios adesivos sobre fios não adesivos reforça a teia e permite que ela tenha um melhor desempenho na captura de presas. Uma teia adesiva permite a aranha capturar presas pequenas, entretanto, teia adesiva somada a teia não adesiva permite que o animal capture animais de maior porte, pois esse “reforço” na nova estrutura orbicular pode ser capaz de quebrar a energia cinética de animais de maior porte.
Um segundo evento evolutivo ocorre no ancestral dos gêneros Nephila, Nephilengys e Herennia. Durante a construção da teia o ancestral desses animais passou a ligar os fios radiais da teia em dois pontos do fio de sustentação de quadro. Esse reforço permitiu que animais de maior porte fossem pegos por essas teias e consequentemente a oferta de presas de grande porte aumentou, e permitiu que fêmeas com maior disponibilidade de alimento aumentassem sua biomassa no decorrer dos milhares de anos, favorecendo também a quantidade de ovos por postura e o duelo por territórios (isso porque aranhas que são 30% maiores que sua adversária ganham conflitos com maior freqüência). Este resultado pode ser visto através da média de tamanho de machos e fêmeas descrita na frente de cada indivíduos da filogenia da figura. Isso mostra que na realidade os ancestrais dos indivíduos Nephilidae eram aproximadamente do mesmo tamanho que os machos atuais.
Nephilengys cruentata ainda tem a capacidade de construir um perfil a respeito de suas adversárias a partir do toque na teia. O espaçamento entre os fios espirais, composição do fio de teia, a malha e o diâmetro de cada o fio da teia da aranha residente é interpretado pela aranha invasora e permite montar uma representação de seu tamanho. Permitindo assim saber se vale a pena entrar em tal conflito, e qual a sua probabilidade de vitoria. Nephilengys cruentata constroem um fio de barreira que auxilia na defesa contra eventuais predadores. Uma mudança no comportamento de construção de teia unindo 1 fio radial a mais no fio de quadro da teia que possibilita neutralizar a energia cinética de presas de maior massa.
Essa oferta de biomassa maior durante a evolução dessas aranhas permitiu que fêmeas pudesse ganhar massa ao longo do tempo demonstrando o gigantismo da fêmea em relação ao macho e não um nanismo do macho em relação a fêmea.
Esqueci, esta informação foi tirada do blog Ciência Blogada

Rã Gigante

terça-feira, 30 de agosto de 2011

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A câmera de um telefone celular registrou a imagem de uma criatura "gigantesca": uma rã do tamanho de uma criança de 7 ou 8 anos (20 quilos). O chinês autor da foto disse que a rã estava na região de Gemencheh (Malásia).
Segundo ele, o animal foi capturado por um membro de uma tribo às margens de um rio local.
Um amigo do autor da foto tentou comprar a rã, mas o nativo pediu uma quantia que o sujeito não tinha no momento. Ao retornar com o dinheiro pedido, a tribo já tinha devorado o anfíbio.
Notícia lida no Page Not Found

Mais risco para mulheres fumantes

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

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11/08/2011
Agência FAPESP – Nova má notícia para os fumantes, especialmente mulheres. O aumento no risco de desenvolver doenças coronarianas por causa do hábito de fumar é 25% maior para mulheres do que para homens.

Estudo publicado na The Lancet indica que aumento no risco de desenvolver doenças 
coronarianas por causa do cigarro é 25% maior para mulheres (Wikimedia)
A afirmação é de um estudo publicado nesta quinta-feira (11/8) na revista The Lancet, por Rachel Huxley, da Universidade de Minnesota, e Mark Woodward, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Os dois realizaram uma meta-análise de 86 estudos, que reúnem dados de 67 mil casos de doenças coronarianas em uma amostragem total de mais de 4 milhões de pessoas.
Os autores sugerem que o aumento no risco para o público feminino pode estar relacionado com diferenças fisiológicas entre os sexos, com toxinas presentes no cigarro tendo possivelmente efeitos mais potentes em mulheres do que nos homens.
“Mulheres podem extrair quantidades maiores de carcinógenos e de outros agentes tóxicos a partir do mesmo número de cigarros do que os homens. Isso poderia explicar por que mulheres que fumam têm duas vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão do que os homens”, disseram.
O cenário tende a piorar com o tempo. Segundo o estudo, para cada ano que uma mulher fumar há um aumento na relação ajustada de risco entre mulheres e homens. Isso significa que, quanto mais tempo uma mulher fumar, maior será o risco de desenvolver doenças coronarianas em comparação com um homem que tiver fumado durante o mesmo período.
“O cigarro é uma das principais causas de doenças coronarianas em todo o mundo e continuará a ser, uma vez que populações que até então não estavam sendo tão afetadas pela epidemia do fumo começaram a usar o cigarro em níveis até então presentes apenas em países mais ricos”, disseram os autores.
“Essa expectativa é especialmente preocupante para mulheres mais jovens, entre as quais a popularidade do cigarro, particularmente em países de menor renda per capita, pode estar aumentando”, destacaram.
 

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