Células que gostam de doce

segunda-feira, 14 de março de 2011

10/3/2011
Agência FAPESP – Quem não pode viver sem doces acaba de arrumar um novo culpado. Um grupo de cientistas de instituições nos Estados Unidos descobriu que células que atuam na sensação de gosto têm detectores de açúcar a mais do que se estimava.
O novo estudo amplia o conhecimento a respeito de como as células sensoriais identificam açúcares, o que representa um importante passo para o desenvolvimento de estratégias que limitem o consumo excessivo de açúcar e problemas consequentes como diabetes e obesidade.

Sabe-se que o receptor T1r2+T1r3 representa o mecanismo básico que permite às células sensoriais detectar muitos dos componentes doces, incluindo açúcares como a glicose e a sacarose e adoçantes artificiais do tipo aspartame ou sacarina.
Entretanto, alguns aspectos do gosto doce não podem ser explicados pelo receptor T1r2+T1r3. Por exemplo, embora o receptor contenha duas subunidades que devem estar juntas para que seu funcionamento seja correto, observou-se em estudos com camundongos modificados geneticamente para não contar com a subunidade T1r3 eram capazes de identificar a glicose e outros açúcares normalmente.
Receptores de açúcares no intestino são importantes para que os açúcares ingeridos na dieta sejam detectados e absorvidos. Sensores metabólicos no pâncreas também são fundamentais para regular os níveis de glicose no sangue. Levando isso em consideração, o grupo usou técnicas celulares e moleculares avançadas para verificar se esses mesmos sensores estariam presentes nas células de gosto.
Os resultados, que serão publicados , indicam que diversos receptores de açúcares, tanto do intestino como do pâncreas, também estavam presentes nas mesmas células sensoriais que contavam com o receptor T1r2+T1r3.
O grupo pretende realizar estudos para tentar entender as complexas conexões entre células ligadas ao gosto e aos sistemas digestivo e endócrino.

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